Felipe Amaral ficou em 28º e Beezie Madden lebou a Copa do Mundo

Felipe Amaral e Carthoes BZ pelas cores do Brasil, foto João Markun
Felipe Amaral e Carthoes BZ pelas cores do Brasil, foto João Markun

Estreante em finais de Copa do Mundo, Felipe Amaral, 27, vice-campeão da Liga Sul Americana para Copa do Mundo e bicampeão brasileiro Senior Top 2013/2017, fechou em 28º lugar. Montando Carthoes BZ, de 15 anos, seu parceiro de longa data, Felipe, reserva do Time Brasil na Rio 2016 e integrante da equipe 4ª colocada no Pan 2015,

cometeu duas faltas na prova de caça, cinco pontos na segunda qualificativa e nove pontos no 1º percurso do GP Final. O resultado garantiu ao brasileiro o 28º posto entre 37 inscritos. A 41ª edição da Copa do Mundo acontece em Gotemburgo na Suécia, em abril de 2019.

Longevidade é de fato um dos diferenciais no hipismo. No Adestramento, Isabell Werth, 48, foi tetra. Estreante na competição, o brasileiro Felipe Amaral, 27, fechou em 27º lugar. Jogos Equestres Mundiais, evento que acontece a cada quatro anos será o ponto alto do esporte no 2º semestre.

Terminou no domingo, 15/4, na Accord Hotels Arena em Paris, a 40ª edição da Copa do Mundo – Longines FEI World Cup™ Jumping 2018 – com vitória da norte-americana Beezie Madden, 54, montando Breitling LS, de 12 anos. Participaram do GP final, a 1.60 metro, com U$ 300 mil em jogo, os 30 melhores conjuntos e 20 foram para o 2º e decisivo percurso. Somente Beezie e Breitling LS, dupla vencedora das duas primeiras qualifiticativas zeraram a 1ª passagem idealizada por espanhol Santiago Varela. No 2º percurso, a norte-americana poderia perder até 5 pontos e garantir o título. Dito e feito, após cometer uma falta (4 pontos), Beezie e seu Breitling LS, filho de Quintero em Acord II, mantiveram a tranquilidade sagrando-se campeões.

O vice-campeonato também foi para os EUA com Devian Ryan, 36, um cavaleiro relativamente desconhecido, que montando Eddie Blue, de apenas 9 anos, fechou a disputa com apenas 6 pontos perdidos. A medalha de bronze coube ao sueco Henrik von Eckermann montando Toveks Mary Lou , que vinha na vice-liderança até a 2ª parcial e acabou fechando com oito pontos perdidos. Eckermann foi bronze pelo segundo ano consecutivo.

“Quando fiz a falta fiquei um pouco nervosa, mas senti que meu cavalo ainda estava saltando bem e sabia que tinha que reunir forças para atingir o nosso objetivo”, destacou Beezie, que também foi campeã em 2013 e estava especialmente feliz com sua montaria um garanhão de 12 anos. “A gente realmente acreditou nele, no entanto, seu amadurecimento foi demorado. Então a vitória de hoje foi realmente fantástica! Demorou para que eu tivesse um substituto para o Simon (sua montaria quando foi campeã da Copa do Mundo 2013) e Cortes (medalha de bronze por equipes na Rio 2016), mas está acontecendo”, acrescentou a bicampeã.

Histórico e maiores vencedores

Somente cinco mulheres garantiram títulos em Finais de Copa do Mundo ao longo de 40 anos de história: Melanie Smith (1983), Leslie Burr Lenehan (1986) e Katharine Burdsall (1987), todas pelos EUA, a norte-americana naturalizada alemã Meredith Michaels-Beerbaum (2005/2008/2009) e Beezie Madden (2013/2018).

O brasileiro Rodrigo Pessoa, um dos maiores vencedores na história da competição, está no hall dos tricampeões 1998/1999/2000 – todos os títulos conquistados com Baloubet du Rouet. Além de Pessoa, os alemães Marcus Ehning e Meredith Michaels Beerbaum e o austríaco Hugo Simon detêm o tri.

Homens e mulheres em condições de igualdade

Vale sempre lembrar que o hipismo é o único esporte olímpico em que homens e mulheres competem em condições de igualdade e a idade, contrário de outros esportes, não é fator limitante. Recentemente, na Rio 2016, o britânico Nick Skelton, então com 58 anos, faturou ouro.

Na Final da Copa do Mundo de Adestramento que ocorreu simultaneamente com o Salto em Paris e terminou no sábado, 14, a alemã Isabell Werth, 48, dona de 10 medalhas olímpicas (cinco ouros por equipes e cinco pratas individuais), montando com Weihegold OLD conquistou o tetra na Copa do Mundo 1992/2007/2017/2018.

Vem aí os Jogos Equestres Mundiais 2018

A cada quatro anos, os Jogos Equestres Mundiais – que reúnem oito modalidades do hipismo – são o ponto alto do esporte. Em 2018, a competição chega sua 8ª edição e acontece entre 11 e 23 de setembro em Tryon, na Carolina do Norte (EUA). O hipismo brasileiro promete estar representado em sete das oito modalidades sob chancela da FEI: Salto, Concurso Completo, Adestramento, Adestramento Paraquestre, Rédeas, Enduro e Volteio.