Nilson Moreira da Silva habilitado para integrar o Time Brasil de CCE nos Jogos Equestres Mundiais

Nilson Moreira da Silva e Magnums Martini no cross country (Mackenzie Hah)
Nilson Moreira da Silva e Magnums Martini no cross country (Mackenzie Hah)

Brasileiro de 42 anos, que chegou aos EUA há sete anos com U$ 300 no bolso, mora na Carolina do Sul e tem 22 cavalos nas cocheiras. Além de Nilson, outros quatro conjuntos estão tecnicamente qualificados para o Mundial 2018.

No final de semana passado, entre 9 e 13/5, foi a vez do cavaleiro Nilson Moreira da Silva e seu castanho Magnums Martini garantir o 2º e definitivo índice técnico na modalidade de Concurso Completo de Equitação – CCI 3* em New Jersey rumo aos Jogos Equestres Mundiais 2018, entre 11 e 23/9.

Nilson Moreira da Silva e Magnums Martini no cross country  (Mackenzie Hah)
Nilson Moreira da Silva e Magnums Martini no cross country
(Mackenzie Hah)

Nilson, 42, e Magnums Martini, um holsteiner de 14 anos, fecharam na 11ª colocação no CCI 3 estrelas com – 57.10 pontos perdidos: 43,50 no Adestramento, zero pontos no cross country e apenas 5.60 perdidos no tempo e oito pontos na prova de Salto.

A armação dos percursos esteve a cargo de Mark Phillip, que também arma os Jogos Equestres Mundiais. “Nós fomos os mais rápidos no cross country entre os 28 conjuntos ultrapassando o tempo em só 14 segundos em um percurso com 43 esforços. Por isso, recebemos uma premiação especial – o Martini – pelo melhor condicionamento e por chegar mais próximos ao tempo ideal. Fiquei super feliz!”

Nesse importante passo na briga por uma vaga no Time Brasil nos Jogos Equestres Mundiais, Nilson, natural de Colina no interior paulista e há sete anos radicado nos EUA, contou com um apoio especial. “Na noite de sexta para sábado choveu muito e eu estava desanimado por não ter ido muito bem com meus primeiros dois cavalos e cheguei cogitar de não competir com o Magnums. Foi quando minha filha Linda, de 14 anos, chegou e falou: “pai assiste de novo esse vídeo” (motivacional enviado pelo nosso amigo e cavaleiro Guto de Faria que eu havia mostrado para ela alguns dias antes) e que basicamente transmitia a mensagem de não desistir nunca e dar sempre o nosso máximo. Fez a diferença: esqueci tudo e consegui largar de cabeça fria e garantir esse importante resultado!”, contou Nilsinho, que chegou aos EUA com U$ 300 no bolso há 7 anos.

“Moro em Aikin na Carolina do Sul e hoje temos 22 cavalos nas cocheiras, dos quais 10 estão em competição desde a categoria cavalos novos até o nível 4*. Quem me conhece sabe que comecei por baixo, só tenho a agradecer a todos que torcem por mim, em especial, a minha esposa Luara VanderVliet e toda minha equipe!”, destacou o brasileiro, reserva na Rio 2016 e que detém diversas importantes classificações em Internacional de 1* a 3* nos EUA. “Também quero destacar o importante trabalho da CBH, ABHIR, Federação e dos cavaleiros organizadores de concursos no Brasil como, entre outros, Marcelo Tosi e André Parro que não medem esforços para manter o nosso esporte em andamento no país.”

Agenda

Na temporada 2018, sem dúvida, o ponto alto do hipismo são os Jogos Equestres Mundiais, realizados a cada ano quatro e que chegam sua 8ª edição em Tryon, EUA, entre 11 e 23 de setembro. Até o momento cinco cavaleiros de CCE têm qualificação técnica os Jogos: Marcio Appel com dois cavalos PP Tarca Bom Sabor e Iberon JMen, Marcelo Tosi / Genfly, Henrique Pinheiro / Land Quenotte do Feroleto e Luciano Miranda Drubi / Riviera Lu e agora Nilson Moreira da Silva / Magnums Martini.

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Por Carola May