Time Brasil de Salto briga por medalha e vaga olímpica nos Jogos Equestres Mundiais 2018

Pedro Muylaert com Prince Royal Z MFS na inspeção veterinária (Luis Ruas)
Pedro Muylaert com Prince Royal Z MFS na inspeção veterinária (Luis Ruas)

Pedro Veniss, Yuri Mansur, Luiz Francisco de Azevedo e Pedro Junqueira Muylaert estreia, nessa 4ª feira, 18/9. Brasil pode garantir primeira medalha por equipes e qualificação olímpica.

Rodrigo Pessoa, ouro em 1998 e atual treinador da Irlanda, detém a única medalha de modalidade nos Jogos.

Nessa quarta-feira, 19/9, o Time Brasil de Salto estreia nos Jogos Equestres Mundiais no Tryon International Center, na Carolina do Norte (EUA). Realizados a cada quatro anos, os Jogos Equestres Mundiais (JEM), considerados a “Copa Mundo do cavalo”, em 2018 chegam a sua a oitava edição.

Pedro Muylaert com Prince Royal Z MFS na inspeção veterinária (Luis Ruas)
Pedro Muylaert com Prince Royal Z MFS na inspeção veterinária (Luis Ruas)

Na segunda-feira, 17, os integrantes da equipe apresentaram seus cavalos na inspeção veterinária e nessa terça, 18, teve aquecimento. Apresentando ótimos resultados nos principais desafios internacionais, o Time Brasil de Salto chega com chances de pódio em Tryon e é formada pelo olímpico e pan-americano Pedro Vennis montando Quabri de I’Isle, integrante da equipe 5ª colocada nos Jogos em 2014 e agora em sua terceira participação nos Jogos, Yuri Mansur, reserva da equipe em 2014, que monta Ibelle Ask, Luiz Francisco de Azevedo montando Comic e Pedro Junqueira Muylaert apresentando Prince Royal Z MFS, ambos estreando na competição. Felipe Amaral também convocado para os Jogos desistiu às vésperas do embarque para poupar seu cavalo Carthoes BZ, que não estava em perfeitas condições. Pedro Paulo Lacerda, diretora de Salto da Confederação Brasileira de Hipismo, é o chefe de equipe.

Agenda na quarta, 19, acontece a largada da competição com a prova de velocidade (caça em que faltas são convertidas em tempo), na quinta e sexta, 20 e 21, tem a 1ª e 2ª passagem da final por equipes e domingo, 23, a grande decisão individual.

Com diversas importantes classificações, foi somente em 1998, na terceira edição dos Jogos Equestres Mundiais de Roma, que o Brasil garantiu pódio: Rodrigo Pessoa montando Gandini Lianos, medalha de ouro. Dessa vez, Rodrigo está nos Jogos na condição de técnico da Irlanda, mas pode voltar a defender o Brasil em Toquio 2020. Por equipes, o Time Brasil foi 4º nos Jogos Equestres Mundiais 2010 em Lexington (EUA) e 1994 em Haia (Holanda), e chegou em 5º lugar nos Jogos de Roma (Itália) 1998 e Normandia (França) em 2014. As seis primeiras equipes nos Jogos Equestres Mundiais 2018 automaticamente garantem vaga de seus países para as Olimpíadas de Toquio 2020.

Na semana seguinte aos Jogos, Pedro Veniss e Pedro Muylaert participam do Concurso de Salto Internacional Indoor, entre 26 e 30/9, na Sociedade Hípica Paulista, bem como da coletiva de imprensa em 27/9.

Histórico da participação brasileira no Salto em sete edições Jogos Equestres Mundiais

1990 – Estocolmo – Suécia
Classificada em 8º lugar, a equipe foi formada por Nelson Pessoa com Vivaldi, Rodrigo Pessoa montando Special Envoy, André Johannpeter com Heartbraker Joter e Vitor Alves Teixeira e Zurkis. O melhor resultado no individual foi o 12º lugar de Vitor Teixeira.

1994 – Haia – Holanda
Na pista, Neco Pessoa com Chouman e o filho Rodrigo Pessoa montando Special Envoy por pouco não dividiram o pódio por equipe que ficou com a 4ª colocação e contou, ainda, com André Johannpeter montando Calei Joter e Luciana Diniz com Graf Grande. No individual o melhor resultado foi o 5º lugar de Neco.

1998 – Roma – Itália
A trajetória vitoriosa de Rodrigo Pessoa passa pelo WEG de 1998 quando o cavaleiro conquistou no individual a medalha de Ouro montando Gandini Lianos. Era a segunda vez que Rodrigo competia ao lado do pai, com Neco montando Baloubet du Rouet, cavalo que faria sucesso sob comando de Rodrigo nos anos seguintes. A equipe que ficou em 5º lugar contou também com André Johannpeter/Calei Joter e Álvaro (Doda) de Miranda Neto/Arisco Aspen.

2002 – Jerez de La Frontera – Espanha
O Brasil não fez uma boa campanha e acabou em 9º lugar com o time formado por Rodrigo Pessoa montando Baloubet du Rouet, Bernardo Alves com Oberon, Álvaro (Doda) Afonso de Miranda Neto com Audi San Diego e Celso Ariane montando Quinta. Rodrigo acabou ficando fora da final por um ponto e acabou na 26ª colocação na disputa Individual.

2006 – Aachen – Alemanha
O Brasil sofreu uma a baixa do seu principal conjunto dois dias antes do início da competição. Baloubet du Rouet apresentou uma inflamação no menisco e Rodrigo não teve outra opção a não ser desistir de competir. O time formado por Bernardo Alves com Canturo, Cássio Rivetti montando Olona e Doda Miranda com Nike terminaram em 10º lugar. O melhor resultado individual foi de Bernardo Alves montando Canturo, 13º.

2010 – Lexington – Estados Unidos
O Brasil por pouco não sobe ao pódio com a equipe formada por Rodrigo Pessoa com HH Rebozo, Doda Miranda apresentando com AD Ashleigh Drossel Dan, Pedro Veniss com Amaryliss e Bernardo Alves montando Vancouver d´Auvrey. Após uma reviravolta no placar, os brasileiros terminaram na 4ª colocação, conquistando a primeira vaga brasileira dentre todos os esportes para as Olimpíadas 2012 em Londres. Também no individual o Brasil ficou em 4º lugar com Rodrigo e Rebozo. Doda obteve uma boa classificação final, em 9º lugar.

2014 – Normandia – França

A equipe brasileira foi formada por Rodrigo Pessoa com Status, Marlon Zanotelli com AD Clowni, Doda Miranda montando AD Rahmannhof´s Bogeno e Pedro Veniss com Quabri d Isle . Na 5ª colocação, apenas uma falta separou a medalha de ouro do quarto colocado e 0.23 pontos tiraram das mãos do Brasil a inédita medalha por equipe em Jogos Mundiais.A Holanda ficou com o ouro com 12.83 pontos, a França em segundo com 14.08 e Estados Unidos em terceiro com 16.72 pontos perdidos. A favorita Alemanha terminou em quarto com 16.82, seguida do Brasil com 16.95. Suécia, 20.01, em sexto, garantiu a classificação para os Jogos Olímpicos do Rio junto com os quatro primeiros colocados. Individualmente os melhores resultados foram de Marlon Zanotelli, 23º, e Rodrigo Pessoa, 21º.

 

Fonte: Imprensa CBH, Carola May e Rute Araujo