Cuidado, que tal verificar detalhes de onde seu cavalo está estabulado

Vergano Marumby by mav

Você conhece a ração, a qualidade do feno ou verde, a quantidade que está sendo dada e a frequência, como está a farmácia e os remédios, se existe alguém à noite para escutar se seu cavalo está com algum problema, se tem uma pessoa que possa aplicar um remédio ou dar um soro em caso de emergência? Eu acreditava que estava tudo certo, não fiquei atento às mudanças para pior.

No meu relato você verá dois desses erros e o dano que causaram, a qualidade do feno e a falta de medicamento.

Uma boa parte dos apaixonados ou praticantes do esporte estabulam seu cavalo em uma hípica indo lá com a frequência que a vida pessoal e/ou profissional permite.

Grande parte do tempo, o animal fica aos cuidados de um tratador, que pode ser excelente ou nem tanto. Outra peça importante é o administrador da hípica.

Aqui começa minha experiência negativa e que recomendo atenção.

Passei com meus cavalos por algumas hípicas e haras, em algumas os tratadores eram excelentes em outras os administradores, portanto a confiança no manejo havia, até a última. Lembrando que sempre minha filha dava atenção a tudo.

Quando me mudei, o administrador do local era o Rafael Cruz, hoje em Piracicaba, conduzia muito bem e transmitia total confiança, sabia o que estava fazendo e tinha o “seu Banana” que morava lá, cuidava do local e escutava tudo à noite, além de adorar cavalos, é importante reconhecer bons profissionais, por essa razão coloco o nome deles aqui.

O fundamental, tinha controle sobre os funcionários e mantinha a hípica em ordem, medicamentos para primeiros socorros, qualidade da ração e feno, era comprometido, se houvesse qualquer problema ele estava presente junto ao cavalo.

Com a sua saída e, ao mesmo tempo, houve também a mudança da minha filha para trabalhar com cavalos em Balneário Camboriú, ficamos eu e meu cavalo.

Com essas mudanças e ao longo do tempo, a administração no local foi se deteriorando, mas eu como proprietário que tinha a frequência que a vida pessoal e profissional permitia, me parecia que tudo continuava como antes, até que meu cavalo começou a ter problemas de digestão, algumas cólicas.

Minha equipe de veterinários conhece o animal há 8 anos, portanto não entendia o fato, e as crises eram contornadas com medicamentos para aliviar o mal-estar, estávamos pesquisando as razões.

Apesar de buscar por possíveis causas, não estávamos encontrando a razão e ouvindo um monte de besteiras na hípica, uma delas era que o animal era doente e eu não estava dando a atenção necessária.

Certo dia eu estava viajando e recebo um telefonema do administrador da hípica dizendo que meu cavalo não estava bem.

Prontamente liguei para meu veterinário que recomendou o de sempre, aplicar o remédio que aliviava o sofrimento do cavalo, manter ele solto e em movimento e observar, repassei a recomendação (como sempre) perguntando se havia o remédio e alguém para aplicar, o que para mim é obrigação da hípica, e a reposta foi sim, o tratador estava junto dele cuidando e aguardando o remédio.

Passado um tempo liguei novamente para saber, e ainda não havia sido medicado, mas “o veterinário parceiro da hípica estava indo fazê-lo”, até porque eu pago a ele por esse trabalho, além da minha equipe.

Em resumo 5 horas depois, quando esse “suposto veterinário chegou” com o remédio, o cavalo já tinha sofrido muito, muitas toxinas no sangue, só nos restou internar.

Mandamos para o hospital da Universidade Anhembi Morumbi de SP, que eu recomento, onde ele foi muito bem tratado e ficou por lá 12 dias.

Com isso e a um custo altíssimo, salvei meu amigo cavalo e aprendi mais uma lição de leigo.

Erros:

  1. A farmácia da hípica não tinha o medicamento básico que todas deveriam ter, um ato irresponsável de um administrador, isso porque qualquer tratador de qualidade poderia ter aplicado
  2. Não fui informado do fato quando solicitei, até porque EU havia reposto esse medicamento quando meu cavalo fez uso anteriormente
  3. O administrador deveria ter me avisado, eu confiava nele, pois sabendo do fato mandaria minha equipe de veterinários imediatamente a hípica
  4. O “suposto veterinário” da hípica, que deveria ter dado apoio estava fazendo “outra coisa” e também não nos avisou, mas dizia que estava chegando, segundo o administrador
  5. Faltou comprometimento do administrador que nem estava na hípica ou se deslocou até lá para acompanhar o problema
  6. FENO, conversando com os veterinários do hospital, pude identificar o problema, era o “feno de bola” que era dado ao cavalo, por ser armazenado incorretamente, tinha fungos que afetavam a digestão do meu cavalo.

Para que não houvesse dúvidas e ter consistência nas minhas “certezas”, fizemos um check-up completo no cavalo, eliminando todas as possíveis causas, aí esperei um mês para ele se recuperar e mandei para a hípica da minha filha, mudando totalmente o manejo.

Resultado: são 6 meses sem qualquer problema.

Como constatação do FENO, nesse inverno na hípica onde ele está estabulado hoje houve um problema com esse tipo de feno, não com meu cavalo pois ajustei o manejo, mas com minha experiência anterior, eles medicaram rapidamente o outro cavalo e pararam de usar esse feno.

Eu como proprietário leigo, recomendo aos que como eu leiam esse artigo:

Qual a responsabilidade do local que hospeda o seu cavalo?

E sobre o feno, recomendo esse artigo:

Fique ALERTA com os problemas do rolo de feno em embalagem cilíndrica de plástico, cuide do seu cavalo

M.A.Vidal

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