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Dicas doloridas de um leigo – um coice

Em 18 anos no mundo dos cavalos sempre tomei o MÁXIMO cuidado em passar perto de qualquer cavalo em especial por traz, de forma consciente ou inconsciente, mas dessa vez fui pego por um coice.

Mas a definição de acidente é essa, vem quando você menos espera.

Olha, eu tenho há 14 anos um cavalo chato, dá coice, morde, e nunca levei um coice do cuidado que tomo, mas tem uma coisa, ele avisa que não está gostando e dá tempo para você se afastar, o pé não sai do nada.

Biscoito (coice) e Formosa
Biscoito (coice) e Formosa

Tomar um coice é como ser atropelado, alguém ou alguma coisa não foi feita de forma certa e vem o acidente, são vários fatores que envolvem o fato em si.

Por ter sido um atleta “amador” em vários esportes já tive inúmeros os tipos de luxações e estou acostumado com a dor, se é que nos acostumamos com dor, torção de joelho (várias), dedo quebrado (vários), tombo de bicicleta (alguns), cotovelo de tenista, vários tombos do cavalo treinando e um quebrando a costela, também sem ligação a esportes, o cálculo renal.

De todas dores até hoje qualificava como as piores 3: cálculo renal, torção de joelho e costela quebrada (aqui com destaque muito especial para quando se espirra, nunca espirre). Agora o coice entrou na lista.

Quando falo que todo acidente vem de um descuido ou vários ao mesmo tempo, vamos tomar como exemplo atravessar a rua na faixa de segurança que reduz em muito a possibilidade de ser atropelado, mas se qualquer uma das partes ou as duas, e vamos incluir variáveis como moto e bicicleta transitando junto, se distraírem, a chance é grande de um acidente.

Eu tive minha cota de erro nesse coice, o palanque para subir no cavalo não estava no local correto, mas improvisei e tentei subir com uma cadeira, meu cavalo é alto, ok não sou jovem e em razão das contusões no meu joelho não tenho mais força, então desisti.

Na sequência e para me ajudar uma pessoa passou com seu cavalo próximo ao meu, a última coisa que me lembro é da cabeça do meu cavalo e da “bunda do outro”, depois apaguei momentaneamente e rolei com uma forte dor no peito.

Sou obrigado a admitir que tenho sorte, observando o coice que levei, se fosse em qualquer outro local, o estrago teria sido muito pior.

Mas de tudo devemos tirar lições.

No início falei em cuidados de duas formas consciente e inconsciente.

Consciente é quando você fica observando tudo à sua volta, os cavalos, suas atitudes, se estão muito perto, ou seja, atento e prevenido.

Inconsciente, é quando por atividades que tomam sua atenção você se desliga do ambiente, passando isso para outras pessoas, desconsiderando que elas também estão focadas em outras coisas.

Bom, a duras penas descobri o quanto dói um coice, então recomendo seguir estritamente o CERTO ao lidar com cavalos, “atravessar sempre na faixa”, e atento, evitar situações de risco.

Usar fitas no rabo do cavalo pode ajudar às pessoas entenderem a índole do animal, são 4 as cores de fitas usadas normalmente em competições, transportes, etc:

 

LinkedIn – M.A Vidal

 

 

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