Animal foi encontrado ao lado de um casa em que há concentração de morcegos hematófagos. Na região, desde o fim do ano passado, mais de 10 casos foram confirmados, sendo quatro em Tietê (SP), dois em Avaré (SP), dois em Guareí (SP), um em Torre de Pedra (SP), um em Porangaba (SP) e um em Angatuba (SP).
Defesa Agropecuária confirmou a morte de mais um cavalo na região de Itapetininga (SP) contaminado pelo vírus da raiva. Segundo o órgão, o animal morreu em uma propriedade rural de Angatuba (SP).
Com a confirmação de mais um caso positivo, uma equipe de veterinários foi até a área nesta sexta-feira (15), onde há uma grande concentração de morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue.
Os animais, que são transmissores do vírus da raiva, estão abrigados em uma casa usada como almoxarifado de uma fazenda. O cavalo que morreu ficava ao lado e a suspeita é de que esses morcegos tenham transmitido a doença.
Controle
De acordo com o veterinário da Defesa Agropecuária César Batalha, o trabalho de controle consiste em capturar os morcegos numa rede e colocá-los em uma gaiola.
Depois, a equipe aplica um vampiricida, uma espécie de veneno nas costas dos animais. Eles são soltos e voltam para colônia.
“Dessa maneira, eles levam o produto, que em contato com outros morcegos, acabam morrendo”, explica.
Outros casos
Na região, mais de 10 casos foram confirmados do ano passado, sendo quatro em Tietê (SP), dois em Avaré (SP), dois em Guareí (SP), um em Torre de Pedra (SP), um em Porangaba (SP) e um em Angatuba (SP).
Desde julho de 2017 não eram registrados casos da doença na região e no mês de maio aproximadamente 12 pessoas foram vacinadas porque tiveram contato com a saliva ou com o sangue de um animal que morreu com suspeita da doença, mas não houve casos contaminação em humanos.
Transmissão
A raiva bovina é transmitida pelos morcegos hematófagos, aqueles que se alimentam de sangue de animais. Até o momento foram capturados mais de 100 morcegos dessa espécie na região. Estes morcegos podem atacar bois, vacas, cavalos e até animais domésticos.
De acordo com a Defesa Agropecuária, o animal geralmente não resiste e morre de quatro a seis dias depois de apresentar os sintomas de paralisação muscular, dificuldades pra respirar, salivação excessiva, dilatação das pupilas, desorientação, apatia e corrimento nasal.
A orientação é que sempre que algum animal apresentar os sintomas, o proprietário deve chamar um veterinário e avisar imediatamente a Defesa Agropecuária do município, já que um animal doente pode contaminar os outros.