Estava no caminhão transportando meu cavalo quando furou o pneu dianteiro direito exatamente do meu lado, isso é parte da aventura.
Quando vi essa reportagem (clique aqui) resolvi compartilhar minha experiencia de leigo.
A coisa de um ano transportei meu cavalo da cidade de São Paulo para Balneário de Camboriú, fui junto no caminhão pois fazia um mês que ele havia saído do hospital (essa história já contei aqui). Nessa ida também estava o cavalo de minha neta.
Bom, tive a possibilidade de vivenciar o que é uma viagem de horas com cavalos e, confesso, não foi nada agradável.
Quando transportamos nossos cavalos sempre buscamos o melhor preço e é claro alguém em que podemos confiar.
O caminhão para os cavalos era bem confortável, de fácil acesso às 6 “baias”, o que já era um diferencial para tratá-los.
Já não posso dizer o mesmo da cabine, mas os motoristas, e eram dois se revezando, eram confiáveis.
Transportar os cavalos na estrada, em especial nesse trajeto entre essas cidades, na verdade não é tão ruim, mesmo a rodovia Régis Bittencourt, tão criticada, estava boa, o que posso dizer que os trechos de serra são mais sofríveis para os animais.
O problema na verdade está dentro das cidades, lombadas, buracos, trânsito, isso sim é péssimo para os animais.
Mas, como estamos falando em experiencias de um leigo, vamos lá.
Na descida da serra em Santa Catarina o pneu furou, o dianteiro direito, exatamente onde eu estava sentado, estourou, exigindo um trabalho em conjunto dos dois motoristas para segurar o caminhão, realmente foi o maior susto.
Em seguida fui verificar os cavalos, o de minha neta ok, mas o meu, bom estava literalmente sentado, tomei o maior susto, mas tudo bem, ele se levantou, caminhou um pouco dentro do caminhão.
Felizmente estávamos em estradas com pedágio onde existe pessoal de apoio, então pneu trocado, vamos embora?
Que nada, eles haviam deixado uma luz ligada no caminhão e ficamos sem bateria, o que poderia parecer simples começou a complicar.
A equipe de apoio solicitou um caminhão guincho, mas ele estava ocupado em outro resgate, e aí vai horas, até que passou um desses “ratos de estrada” e sugeriu empurrar.
Empurrar me pareceu um pouco surreal, tínhamos 5 cavalos, só o meu e da minha neta já dava mais de uma tonelada, podíamos até usar a descida da estrada, mas dando errado teríamos mais problemas.
A sugestão foi empurrar na ré (?), e não é que com um pequeno esforço (estávamos no plano) o caminhão pegou.
Continuamos a viagem, mas recomendei que o caminhão não fosse desligado.
Antes de descarregar meus cavalos, tínhamos que entregar um, e não é que o motorista desligou o caminhão, toca empurrar.
Ao chegarmos na hípica da minha filha, por volta das 3 horas da manhã o caminhão foi desligado novamente, menos mal, meus cavalos estavam em casa, mas ainda haviam 2, e nesse caso nem empurrando pegava.
Então os dois restantes desceram e foram colocados em piquetes, minha filha levou o motorista até um local na estrada próxima em um posto, onde ele contatou um serviço de apoio.
Minha parte da história termina aqui, ou seja, cheguei na hípica em São Paulo por volta das 9 horas da manhã, sai com o caminhão às 12 horas, cheguei na nova hípica às 3 horas da manhã do dia seguinte e fui dormir as 7.
Essa é a minha experiencia de leigo no transporte de cavalos.