Atletas melhoram notas, mas não avançam para a disputa individual na 8ª edição da “Copa do Mundo” do cavalo, em Tryon, Carolina do Norte (EUA), 11 a 23/9.
Alemanha é penta por equipes, EUA, prata e Grã Bretanha, bronze. Seis primeiros países estão garantidos em Toquio 2020. Time Brasil foi 15º.
Os quatro atletas da equipe brasileira de Hipismo Adestramento se despediram nesta quinta-feira, 13/9, do maior e mais importante evento mundial de esportes com cavalos, no Tryon International Equestrian Center. O Time Brasil participou do Grand Prix, prova dividida em dois dias e que serviu para definir o pódio por equipe e a 2ª qualificatória individual. No primeiro dia do Grand Prix, 12/9, dois estreantes nos Jogos, o olímpico e medalhista pan-americano Leandro Aparecido Silva montando Di Caprio fechou sua apresentação com a nota média final de 63,171% e a também olímpica Giovana Pass com Zíngaro de Lyw garantiu 65,217%. No segundo dia, 13, competiram dois cavaleiros que já haviam participado dos Jogos da Normandia em 2014: Pedro Tavares de Almeida montando Aoleo registrou 62,578% e fechando a apresentação do Time Brasil, o cavaleiro olímpico João Victor Marcari Oliva montando Xiripiti TVF registrou 65,512%, a melhor nota do país em Jogos Equestres Mundiais.
“Estou contente pelo meu desempenho e do Xiripiti, dei o meu melhor, não cometemos erros, mas temos que melhorar. Eu já tinha participado de provas deste nível, em que os juízes têm como parâmetro de comparação os melhores do mundo. Agora é treinar e focar nos próximos desafios”, disse o cavaleiro. João volta para a Alemanha, onde reside, com a missão de intensificar treinos e também competir com seus cavalos de linhagem europeia Feel Good e Toliva V.O, além dos lusitanos Faisão TVF e Husseim V.O. Giovana Pass, que garantiu o 2º melhor resultado do Time Brasil e radicada em São Paulo, também está treinando novas montarias.
Sandra Smith de Oliveira Martins, diretora de Adestramento da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), juíza 4* FEI e chefe de equipe, destacou a melhora das notas do Time Brasil. “Nosso objetivo era atingir 67%, não conseguimos, mas dois dos nossos atletas fizeram mais de 65%, ou seja, batemos nosso recorde em WEGs, e isso mostra um avanço e incentivo para continuarmos o trabalho. Saímos de Tryon com novos aprendizados e experiências.”
Alemanha é penta por equipes
A Alemanha confirmou o favoritismo e com 242,950% conquistou sua sexta medalha por equipe, cinco delas de ouro conquistadas nos Jogos de 1990, 1994, 1998, 2002 e 2006, além de bronze em 2010. A estrela do time, nºs 1 e 2 do ranking da Federação Equestre Internacional (FEI), Isabell Werth venceu o Grand Prix montando Bella Rose registrou 84,829% de nota média final. O time dourado contou também com Sönke Rothenberger/Cosmo, Jessica Von Bredow-Werndl/TSF Dalera BB e Dorothee Schneider/Sammy Davis Jr.
A equipe anfitriã dos Estados Unidos somou 233,136% e chegou a sua quinta medalha por equipe nos Jogos Equestres Mundiais: prata em 2018 e 2002 e bronze em 1994, 2006 e 2014. A Grã Bretanha (229,628%) faturou o bronze que se soma a prata conquistada em 2010.
Mais duas medalhas em jogo no Adestramento
Nesta sexta-feira (14), entram em pista os trinta melhores colocados no GP para competir no GP Special, com direito a pódio. Os 15 melhores voltam para a disputa do pódio individual que acontece durante o GP Freestyle no domingo (16). Alemanha, Estados Unidos e Grã Bretanha garantiram vaga nos Jogos Olímpicos de Tokyo 2020, assim como a Suécia (4ª colocada), Holanda (5ª) e Espanha (6ª).
O Brasil (193,900% em Tryon) vai disputar a vaga olímpica nos Jogos Pan-americanos de Lima 2019, quando quem faturar o ouro ou a prata carimba o passaporte para Tokio. Com os EUA garantidos, a disputa pelas vagas vai ficar principalmente entre Brasil, Canadá e México. O próximo grande desafio internacional do Adestramento brasileiro é o Campeonato Sul-Americano Senior, válido como qualficativa para os Jogos Pan-americanos 2019, entre 21 e 25/11, em Buenos Aires.
Adestramento brasileiro em Jogos Equestres Mundiais
O Brasil competiu em três edições e não passou do Grand Prix, a prova qualificatória para a disputa individual. Em 2002, em Jerez de La Frontera, foi representado pelo conjunto Micheline Schulze/Frapé (65º lugar). Em 2010, nos Jogos de Kentucky, a equipe ficou em 14º lugar e em 2014, na Normandia, em 24º. E. agora, em Tryon, em 15º.
O diferencial entre as duas edições que o país competiu como equipe em relação a Tryon foi e melhoria nas notas dos competidores, que na média de 63% foi para 65%.
Programação das demais modalidades
Em sua 8ª edição nos Jogos Equestres Mundiais, o Time Brasil é representado no Adestramento (4 atletas), Adestramento Paraequestre (4), Concurso Completo de Equitação (5), Enduro (4), Rédeas (5), Salto (5) e Volteio (8). As oito modalidades estão divididas em duas semanas: de 12 a 16/9 são definidos os pódios do Adestramento, Concurso Completo de Equitação, Enduro (cancelado) e Rédeas e, de 18 a 23, Adestramento Paraequestre, Atrelagem, Salto e Volteio. A única modalidade sem representação brasileira é a Atrelagem.
Na modalidade cross-country – triatlon equestre – a exemplo das outras modalidades olímpicas Adestrameto e Salto, os seis primeiros países garantem vaga nos Jogos Olímpicos Toquio 2020. O adestramento está rolando em 13 e 14, o cross acontece no dia 15 e o Salto dia 16, quando serão definidas as medalhas por equipe e individual a partir da soma do resultado das três provas.
No Salto, entre qualificativas, definição por equipe e individual, as disputas acontecem nos dias 19, 20, 21 e 23. O Adestramento Paraequestre dá a largada no dia 19, segue nos dias 20, 21 e 23, definindo medalhistas por grau em prova técnica e estilo livre e pódio por equipe.
Pelo menos dois cavaleiros do Time Brasil de Salto, uma das apostas de medalha nos Jogos, Pedro Veniss e Pedro Muylaert vão marcar presença no Concurso de Salto Internacional – CSI-W Indoor, na Sociedade Hípica Paulista, entre 26 e 30/9, na semana seguinte ao término dos Jogos.
Fonte: Imprensa CBH – Rute Araujo e Carola May