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Equipe brasileira Rédeas registra melhor resultado na história dos Jogos Equestres Mundiais

Após o inédito 5º lugar por equipes, João Felipe Lacerda com Gunner Dun It Again também garantiu o melhor resultado individual brasileiro com o 4º posto individual em Jogos Equestres Mundiais, que chegaram a sua 8ª edição. Evento que enfrenta furacão segue até 23/9, com últimas quatro modalidades.

 

João Felipe Lacerda com Gunner Dun It Again inédita 4ª colocação
João Felipe Lacerda com Gunner Dun It Again inédita 4ª colocação

Não faltou emoção para a torcida que foi conferir a última prova de Rédeas no sábado, 15/9, que definiu o pódio por medalha individual da única modalidade “western” que faz parte dos Jogos Equestres Mundiais, evento que acontece a cada quatro anos e é considerado a “Copa do Mundo” dos esportes com cavalos. Ponto alto da participação brasileira, João Felipe Lacerda com Gunner Dun It Again conquistou um inédito 4º lugar no individual, depois de uma acirrada disputa pelo bronze no International Equestrian Center, em Mill Spring, na Carolina do Norte, EUA. Com três cavaleiros entre os 11 tops do mundo, o Time Brasil de Rédeas se despede da “Copa do Mundo” do cavalo com melhor resultado na história da competição.

Depois do 5º lugar por equipe, em 12/9, o Brasil contou com três representantes na disputa individual neste sábado, 15: João Felipe Lacerda montando Gunner Dun It Again, Thiago Boechat com SG Frozen Enterpriz – dois cavalos Quarto de Milha – e Roberto Jou montando F5 Licurgo Tapajós, único representante da raça Crioula no evento.

Com adiantamento do horário da prova em razão do furacão Florence que se aproximava de Mill Spring, a prova decisiva começou com os brasileiros proporcionando momentos de muita emoção para a pequena mas agitada torcida brasileira que acompanhou cada manobra dos cavaleiros. João Felipe Lacerda montando Gunner Dun It Again, quarto de milha de apenas 7 anos de propriedade de Paulo Francisco Tripoloni, empatou com 225.0 com o norte americano Cade McCutcheon/Custom Made GGun, mas no desempate, com a diferença de um ponto (228.0 x 227.0) a sonhada medalha não veio. No entanto, o 4º lugar é o melhor resultado brasileiro da modalidade em Jogos Equestres Mundiais. Paulistano que treina e reside em Maringá (PR), João Felipe já havia participado de duas edições dos Jogos: em 2010, no Kentucky/EUA, e em Aachen, Alemanha, em 2006, quando foi o melhor brasileiro em pista com a 15ª colocação.

“Estou muito orgulhoso do meu cavalo”, destacou João Felipe. “O coração dele é tão grande quanto a arena aqui em Tryon e ele é um dos cavalos mais potentes que montei até hoje. Nosso desempenho foi muito especial desde o primeiro dia e me sinto abençoado por essa oportunidade.”

Thiago Boechat com SG Frozen Enterpriz 7º colocado

Os outros dois brasileiros também conquistaram resultados inéditos: Thiago Boechat montando o quarto de milha SG Frozen Enterpriz ficou em 7º lugar com 223.0 pontos. Capixaba que reside em Purcell, Oklahoma, EUA, Boechat participou dos Jogos pela primeira vez como cavaleiro, mas já tinha sido chefe da equipe em 2002 em Jerez de La Frontera, Espanha, e juiz em 2010, em Kentucky, EUA.

Estreante em Jogos Equestres Mundiais, o gaúcho Roberto Jou montando F5 Licurgo Tapajós ficou em 11º lugar, registrando mais um feito histórico para a criação brasileira da raça Crioula, uma vez que nos Jogos de 2010, no Kentucky, outro representante da raça, SJ Rodopio, foi 14º colocado, o melhor resultado do Brasil na ocasião.

Dos três cavaleiros brasileiros na final individual de Rédeas no WEG de Tryon, dois – João Felipe e Roberto Jou – conquistaram vaga no Brasil, em seletivas promovidas pela Associação Nacional do Cavalo de Rédeas (ANCR) e com chancela da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH)

Ouro inédito para Bélgica, EUA garantem prata e bronze

Inventores da modalidade Rédeas e sempre favoritos com quatro ouros por equipe e três medalhas individuais desde que a modalidade passou a fazer parte dos Jogos Equestres Mundiais em 2002, os norte-americanos deixaram escapar o ouro individual desta vez para a Bélgica na conquista inédita de Bernard Fonck montando What A Wave que somou 227.0 pontos. Os norte-americanos ficaram com a prata com Daniel Huss/MS Dreamy (226.5) e o bronze com Cade McCutcheon/Custom Made GGun (225.0).

Participaram da final individual de Rédeas 22 conjuntos (cavalo/cavaleiro) de oito países: Estados Unidos e Itália com quatro representantes cada. Alemanha e Brasil com três. Áustria, Bélgica e França com dois e Austrália e Uruguai com um representante cada.

Programação das demais modalidades

Em sua 8ª edição nos Jogos Equestres Mundiais, o Time Brasil é representado no Adestramento (4 atletas), Adestramento Paraequestre (4), Concurso Completo de Equitação (5), Enduro (4), Rédeas (5), Salto (5) e Volteio (8). As oito modalidades estão divididas em duas semanas: de 12 a 17/9 são definidos os pódios do Adestramento, Concurso Completo de Equitação, Enduro (cancelado) e Rédeas e, de 18 a 23, Adestramento Paraequestre, Atrelagem, Salto e Volteio. A única modalidade sem representação brasileira é a Atrelagem.

A equipe brasileira de Adestramento encerrou sua participação com melhora nas notas no Grand Prix, válido pela final por equipes, porém sem avançar para a segunda prova o Grand Prix Special. O Freestyle Grand Prix, programado para domingo, 16, foi cancelado devido à chegada do furacão Florence e impossibilidade de adiar o retorno dos cavalos para outro dia. Outra modalidade que sofreu cancelamento foi o Enduro já com a disputa em andamento no primeiro dia dos Jogos, em 12/9, devido a mau tempo e graves contratempos na organização.

Na modalidade cross-country – triatlon equestre – a exemplo das outras modalidades olímpicas Adestramento e Salto, os seis primeiros países garantem vaga nos Jogos Olímpicos Toquio 2020. O adestramento aconteceu em 13 e 14/9, o cross em 15/9 e o Salto foi adiado do dia 16 e para o dia 17, quando serão definidas as medalhas por equipe e individual a partir da soma do resultado das três provas.

No Salto, entre qualificativas, definição por equipe e individual, as disputas acontecem nos dias 19, 20, 21 e 23. O Adestramento Paraequestre dá a largada no dia 19, segue nos dias 20, 21 e 23, definindo medalhistas por grau em prova técnica e estilo livre e pódio por equipe.

Pelo menos dois cavaleiros do Time Brasil de Salto, uma das apostas de medalha nos Jogos, Pedro Veniss e Pedro Muylaert vão marcar presença no Concurso de Salto Internacional – CSI-W Indoor, na Sociedade Hípica Paulista, entre 26 e 30/9, na semana seguinte ao término dos Jogos.

 

Fonte –  Carola May e Rute Araujo

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