Equipe passou por dez cidades de quatro Estados com o objetivo de registrar animais e fazer orientações aos criadores e usuários
Foram mais de cinco mil quilômetros percorridos na última Gira Técnica realizada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Desta vez, criadores e proprietários das regiões Norte e Nordeste do país puderam contar com o auxílio do analista de Expansão Bruno Marques e do técnico Credenciado Heitor Coelho. O trabalho itinerante realizou registros, resenhas, confirmações e demais orientações aos criadores e usuários da raça.
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A iniciativa da ABCCC visa estreitar relações com os Estados distantes da sede e que não possuem supervisores credenciados residentes. Cerca de dez cidades do Pará, Maranhão, Bahia e Piauí receberam a visita da equipe. Em um geral, as regiões, mesmo que principiantes na criação do Cavalo Crioulo, se mostraram bastante motivadas. Ao todo, 22 animais foram atendidos, destes, 15 foram resenhados, evidenciando um forte desejo de iniciar seus criatórios ao cadastrar jovens animais na associação.
Nas visitas, além de dar toda a assessoria, a equipe conversou sobre a função e a morfologia da raça. “Notamos que eles têm carência de informações, em questão de registro, de criação desses animais. Tentamos esclarecer as dúvidas e deixamos tudo encaminhado, ficando à disposição para qualquer esclarecimento”, contou Bruno. Alexandre Braz, criador de Paragominas, no Pará, aguardou ansioso a chegada do técnico para confirmar seu cavalo. “A visita atendeu as minhas expectativas. Nossa maior dificuldade é realmente a distância e a falta de informação, então realmente precisávamos de alguém que facilitasse esse processo”, disse.
Heitor reside em Brasília (DF), localidade até então distante dos grandes centros de criação da raça. Ele acompanhou e atendeu os criatórios da cidade, desde quando a região ainda não contava com um Núcleo de Criadores. Assim, com sua experiência, pôde entender e identificar as dificuldades dos locais visitados. “Sabemos que é fácil um gaúcho levar a raça para estas localidades, mas é importante que as pessoas da região também tenham esse incentivo para criarem, para que outros possam comprar um Cavalo Crioulo e tenham um movimento do que fazer com esse animal”, destacou, complementando que a parceria entre essas localidades e a ABCCC é de extrema importância para este fomento.
A equipe constatou grande interesse da região em criar Núcleos e incluir o Cavalo Crioulo nas provas que já são realizadas por eles. Em Teresina (PI), por exemplo, há um forte movimento de Vaquejada. Em Paragominas, existem piquetes de laçadores. “Tentamos fomentar, mesmo que não seja em uma cidade, que seja em uma região, essa existência de um Núcleo, para que possa as pessoas se visitem e confraternizem com o Cavalo crioulo”, complementou Braz.
Foto: ABCCC/Divulgação
Texto: Juliana Rosa/ABCCC
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