Mogi Mirim confirmou um caso de raiva animal. A informação foi divulgada pela Vigilância em Saúde (VS), órgão vinculado à Secretaria de Saúde, no último dia 15, após análise veterinária em um cavalo contaminado.
O animal pertence a uma propriedade rural, localizada no bairro Santa Maria. Recentemente, ele esteve em Cosmópolis-SP e, ao retornar ao município, começou a apresentar sintomas que constataram o contágio.
O caso é o primeiro constatado em 2018 e segue sob inspeção. Segundo a coordenadora responsável pela VS, Joalice Franco, a possibilidade maior é que seja uma ocorrência de importação, ou seja, oriunda de uma cidade relativamente próxima. As pessoas que tiverem contato com animais suspeitos devem procurar atendimento médico imediatamente, conforme alerta da Prefeitura. No ano passado, dois casos de raiva em morcegos foram registrados.
Vacinação
A imunização contra a raiva animal em cães e gatos foi iniciada, na quarta-feira, a partir dos bairros Portão do Belém, Santa Maria e Sobradinho, na zona rural. A medida começou nesses locais por se tratar da região de ocorrência de contaminação da raiva no cavalo. De acordo com a VS, responsável pelo calendário de vacinação, a medida atende aos critérios de atuação preventiva.
E os profissionais que atuam com animais, como veterinários, auxiliares de veterinários, tratadores, produtores rurais, adestradores, funcionários de banho e tosa e de fazendas, dentre outros, deverão procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para vacinação profilática.
Raiva animal
É considerada uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmiti-la. Os sintomas iniciais apresentados pelos bovinos, equinos, muares e caprinos infectados são perda de apetite, inquietação e mudança de hábitos (procuram esconder-se, mantêm-se imóveis ou deitados em um só local).
Quando estimulados, os animais apresentam dificuldade em se deslocar, devido à paralisia dos membros posteriores. O andar cambaleante agrava-se à medida que a doença evolui. Devido à paralisia da mandíbula e dificuldade de deglutição, os animais podem apresentar salivação intensa, aparentando estar engasgados. Observam-se tremores musculares, diminuição dos movimentos ruminais e altera-se o mugido. A defecação torna-se difícil e as fezes apresentam-se secas, escuras, cobertas de muco e sangue.
Os bovinos podem ficar ocasionalmente agressivos. Na fase final, o animal permanece em decúbito ventral ou lateral, não consegue levantar-se, apresenta contrações musculares, opistótono e movimentos de pedalagem. Os bovinos geralmente morrem entre 4 e 6 dias, após o início dos sintomas. Lembrando que o animal não deve ser sacrificado, nem descartado, sem a notificação do veterinário de confiança ou do órgão competente, como a VS, pelo telefone (19) 3806-1409.