Há cerca de um ano, criadores da Cabanha Laço de Ouro, de São Miguel Arcanjo (SP), puseram em prática um auspicioso projeto.
O Centro Hípico Equuo foi inaugurado com o objetivo de oferecer atividades onde o cavalo é o mestre. A Escola oferece aulas de Laço, Doma, Team Penning, Ranch Sorting, entre outras modalidades. Mas o mês de maio foi marcante para a equipe – o segmento de Equoterapia passou a integrar o quadro. Para debutar a iniciativa, a organização ofereceu tratamento a jovens da Associação Pais Amigos Excepcionais (APPAE) do município. E quem estava pronto para receber a garotada era ele, é claro, o Cavalo Crioulo.
No total, 20 pacientes, de 10 a 25 anos, tiveram oportunidade de receber o recurso terapêutico. Enquanto esperavam pelo atendimento particular, aproveitavam para estabelecer uma conexão inicial com os potros. Os rostos que estampavam desconfiança, aos poucos foram preenchidos por sorrisos sinceros. Neli Assunção, diretora da APPAE de São Miguel Arcanjo, relata que mesmo com dois atendimentos já foi possível observar melhora na socialização de alguns jovens. “Vi um autista não aceitar o tratamento no primeiro encontro e na visita seguinte, com curiosidade, tomar coragem e subir no cavalo”, relata.
O projeto é iniciativa da Cabanha, que mesmo sendo proprietária de outras raças, escolheu o Crioulo para auxiliar no tratamento destes que precisam de uma atenção diferenciada. “Nosso foco é unificar a raça em todas as modalidades. Optamos por um animal com docilidade única e temperamento incrível” justifica o administrador do Centro, Bruno Colitti. Ele ainda acredita ser possível observar um comportamento positivo e diferenciado do animal ao estabelecer uma relação com o deficiente.
Para realizar a sessão, são necessários pelo menos três responsáveis: um fisioterapeuta, um psicólogo e um “puxador”. O ato de criar uma relação com os potros antes de entrar em contato com o animal adulto, possibilita uma maior segurança, e o feedback recebido foi algo que surpreendeu a Escola. “Percebemos uma alegria imensa nesses pacientes. É uma troca de energia indescritível entre o animal e eles, o que possibilita uma melhora na parte emocional dos envolvidos”, acredita Colitti.
A APPAE possui cerca de 60 jovens que ainda esperam serem apadrinhados. A Equus pretende atender também pacientes de outras entidades, bem como famílias carentes que necessitam de intervenção. Assim, eles estão em busca de empresas que possam viabilizar as terapias. Para ser um padrinho, entre em contato com a Escola através do whatsapp (15) 99676-6061 ou pelo e-mail: centrohipicoequus@gmail.com.
Foto: Divulgação
Texto: Juliana Rosa/ABCCC
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